Sandra Rodriguez a jornalista que canta

Sandra Rodriguez nasceu em 1982 na Venezuela, em La Victoria, no Estado de Aragua.Os pais são da Madeira: o pai, do Campanário, e a mãe, da Serra de Água. Ambas freguesias da Ribeira Brava.
A sua história na Venezuela começa com os avós que deixam a Madeira e vão para aquele país sul-americano com aquele que viria a ser seu pai, que lá vive há 50 anos.
O pai, durante umas férias na Madeira conhece aquela que viria a ser a mãe de Sandra, cuja família tinha uma taberna de poncha conhecida. Aí se conhecem.
No ano seguinte vão para a Venezuela. Casam-se e têm filhos.

Sandra Rodriguez estuda e começa a cantar em 1984 com o irmão Ricardo.
No entanto, com oito anos integra um grupo folclórico, altura em que diz começar a paixão pela cultura portuguesa. Começa a ir às festas e nasce o gosto por Portugal.
Conhece artistas de renome internacional.
Contacta mais de perto com a comunidade portuguesa, tanto no interior da Venezuela, onde já esteve em todos os clubes da comunidade portuguesa, como fora do seu país. Já esteve no Brasil, na África do Sul, no Panamá, em Curaçao, em Portugal, incluindo a Madeira e o Porto Santo.
Também já esteve em França com a comunidade portuguesa.
Além do projeto como irmão, a família tem um projeto conjunto com um grupo folclórico que criaram há anos, que se chama Danças luso-vitorianas.
Mistura a parte portuguesa com a venezuelana.
Diz que não se consegue lembrar da sua infância sem a ver a cantar ou a dançar. Uma infância e juventude que a encaminha igualmente para o desejo de abraçar os media.
Por isso, divide a sua vida artística com o jornalismo. Trabalha durante quatro anos para televisão, concretamente a RTP onde faz o “Contacto Venezuela”. Um programa que procura mostrar a comunidade portuguesa nos mais diversos níveis.
Hoje faz rádio, onde tem um programa de música internacional.
Além deste projeto é colaboradora do Correio da Venezuela.
Diz que nesta altura tem várias propostas entre mãos. Já veio à Madeira e a Portugal mais de 25 vezes. Confidencia que nunca perde oportunidade de estar perto da família.
Já esteve um ano na Madeira a fazer uma pós-graduação, um máster em Estudos Políticos e Sociais, na Universidade da Madeira, organizado pela Secretaria Regional do Turismo. Participam outras universidades nacionais e internacionais, explica, complementando que era destinado aos luso-descendentes que vivem fora de Portugal.
Fala um português perfeito, com algum sotaque, é verdade. Admite que se deve ao fato de falar muito o
português com os pais e também pelos contatos que mantém com comunidade portuguesa.
Lembra que, quando era pequena, muitas pessoas tinham vergonha de dizer que eram portugueses ou luso-descendentes. No seu caso concreto admite que nunca o sentiu. Antes pelo contrário «era um orgulho», confidencia. Hoje diz que se está a dar um pouco o inverso com as pessoas a quererem falar mais o português.
No fundo diz que «estejam onde estiverem devem procurar manter os costumes e as origens. Se não ligamos aos locais de onde viemos será difícil saber para onde vamos e o que queremos fazer».

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